Infância e Adolescência Missionária (IAM)

Infância e Adolescência Missionária (IAM)

Objetivos

O fato de salvar crianças da morte certa e dar-lhes oportunidade de sobreviver e serem batizadas fez com que o novo projeto de D. Carlos despertasse simpatia e acolhida, enquanto expressão de caridade cristã e solidariedade universal.

Assim foram definidos seus objetivos pelo fundador:

Ø     salvar as crianças da morte e da miséria;

Ø     batizá-las e educá-las como cristãs;

Ø     prepará-las   para   serem   apóstolos de outras crianças, orientando-as na vocação e profissão.

Desde a segunda metade do século 19 até os nossos dias, graças à atividade de educadores com espírito missionário, centenas de milhares de crianças foram sensibilizadas e comprometeram-se neste movimento de solidariedade universal.

 

Uma Obra aberta ao mundo inteiro

Embora a Obra tenha nascido para socorrer a triste situação das crianças chinesas, logo abriu seus horizontes para o mundo inteiro. O resgate, o batismo, o sustento e a educação das crianças dos povos que não conhecem Jesus Cristo foram, desde o início, os objetivos da Infância Missionária. Um plano ambicioso: prestar todos os socorros materiais, morais, intelectuais e religiosos de que necessitam as crianças de todos os lugares, culturas, raças e crenças.

 

Grupos

Os grupos da Infância Missionária são formados por 12 crianças, que, simbolicamente,    lembram os Apóstolos, aos quais Jesus confiou a Missão de evangelizar até os confins do mundo (cf. Mt 28,16-20). São crianças e adolescentes até 14 anos de idade, que atuam como fermento missionário na escola, na família e na comunidade. Cada grupo escolhe uma criança ou    adolescente como Coordenador, que anima os encontros e distribui as atividades, com a ajuda de um Assessor adulto. Os grupos devem inserir-se na pastoral de conjunto da paróquia e diocese, e cultivar  uma  comunicação constante com o pároco, com as coordenações missionárias e com os conselhos de pastoral.

 

Assessor

Na Infância Missionária, os protagonistas são as crianças adolescentes. A coordenação dos grupos é por conta deles. O adulto que os auxilia é apenas um assessor que:

Ø     orienta e motiva as crianças e adolescentes, deixando que eles assumam suas responsabilidades e atuem com espontaneidade e liberdade;

Ø     fomenta o espírito missionário universal nos grupos, como formador criativo e perseverante;

Ø     programa a ação missionária, de forma continuada, no plano de e vangelização da comunidade;

Ø     é sinal de unidade e comunhão para os grupos, garantindo que o trabalho esteja integrado   na   pastoral   de   conjunto da comunidade local;

Ø     prepara com os coordenadores de grupo os encontros semanais e outras atividades.

Nota: O assessor da Infância Missionária pode animar vários grupos, já que seu papel não lhe exige presença constante em cada um deles.

 

Carisma

Por ocasião dos 160 anos da fundação da Obra, o Papa João Paulo II, na citada Mensagem publicada em 6 de janeiro de 2003, fornece critérios à luz dos quais a Infância Missionária deve orientar-se e avaliar sua ca­minhada:

Ø     A Infância Missionária propõe às crianças de todas as dioceses do mundo um programa baseado na oração, no sacrifício e em gestos de solidariedade concreta: assim elas podem tornar-se evangelizadoras de outras crianças.

Ø     Queridas crianças missionárias, sei com que dedicação e gene­rosidade vocês procuram levar adiante esta Obra apostólica. Vo­cês se esforçam de muitas formas para partilhar o destino das crianças obrigadas a trabalhar antes do tempo, e socorrer os mais pobres em suas necessidades.

Ø     Sejam solidárias com os anseios e as dramáticas situações das crianças envolvidas nas guerras dos adultos, crianças estas que, frequentemente, são vítimas da violência bélica.

Ø     Rezem todos os dias para que o dom da Fé que vocês receberam seja transmitido a milhões de crianças que ainda não conhecem Jesus.

 

A atualidade

Os grupos vão surgindo, cada vez mais numerosos, nas co­munidades, paróquias, colégios e escolas. A atualização da identidade e do carisma vem sendo aprofundada em encontros, congressos, trocas de experiência, escritos e de­bates.

A organização vem melho­rando, graças ao constante es­forço de colaboração com as pastorais da Igreja, com a vivên­cia de outros países, animada pela prioridade reconhecida às 1 crianças e adolescentes na so­ciedade civil.

 

Metodologia

Os encontros de grupo semanais alternam-se em quatro etapas de formação chamadas Areas Integradas:

1a Semana: Realidade Missionária

Neste encontro, as crianças e adolescentes colocam em comum as informações que conseguiram recolher sobre determinado tema de interesse das crianças e adolescentes dos países além-fronteiras. Estas informações são organizadas de modo a se obter uma visão completa da realidade.

2a Semana: Espiritualidade Missionária

Desta vez, as crianças e adolescentes procuram e colocam em comum textos que pesquisaram na Bíblia e em outros livros religiosos, procurando saber o que Deus pensa sobre a realidade estudada na primeira semana, a fim de "sentir como Jesus sentia".

3a Semana: Compromisso Missionário

Neste terceiro encontro, os membros do grupo formulam um compromisso, para dar a sua resposta às realidades estudadas nas primeiras semanas. E escolhido aquele que dentro das possibilidades do grupo tenha mais de perto alcançado os missionários que trabalham em terras distantes, os povos de outros continentes e culturas, as situações mais urgentes e precárias. O grupo não recusa os apelos que lhe vêm da realidade local, sobretudo daqueles que ninguém atende, mas sem esquecer que o seu carisma específico é a dimensão além-fronteiras.

4a Semana:Vida de Grupo

É a celebração da ca­minhada do mês, aberta a todos, sobretudo a quem nunca é festejado, nunca é lembrado, nunca é chamado a participar.