Jovem leiga do Regional Nordeste 3 participa de missão no Paraguai

Jovem leiga do Regional Nordeste 3 participa de missão no Paraguai

Conheça um pouco sobre a experiência missionária de Fernanda Rodrigues Santana, uma jovem de Salgado, coordenadora estadual da Juventude Missionária de Sergipe que, em janeiro, foi enviada para trabalhar na missão no Paraguai. É mais uma missionária do nosso Regional na missão além-fronteiras! Deixamos a palavra com ela.

“Este foi o terceiro ano em que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) do Brasil enviaram jovens do Brasil para a Missão de Verão que, anualmente, é realizada no Paraguai. Os jovens são indicados pelos coordenadores estaduais da Juventude Missionária, durante a Assembleia Nacional da Propagação da Fé, que acontece todos os anos, em Brasília. Este ano, foram enviados onze jovens e um representante das Famílias Missionárias. Eles foram acolhidos nas casas das famílias das comunidades rurais da cidade de Carapeguá.  A Missão de Verão, como é denominada no Paraguai, acontece geralmente entre a segunda e a terceira semana de janeiro.

Ser missionário é despojar-se de tudo e viver o amor de Cristo, é renunciar aos próprios egoísmos e vaidades, é confiar no Deus providente e protetor que não nos desampara.

A missão no Paraguai foi um verdadeiro morrer em Cristo para mim, um encontro do amor sincero de Deus. Para viver essa experiência tive que deixar trabalho, faculdade, família, amigos para poder anunciar a Boa Nova em outro país, em outras línguas e para pessoas que nunca vi.

Deus nos motiva e impulsiona a evangelizar. Não somos nós que escolhemos as pessoas ou lugares que iremos visitar, mas é Deus que os escolhe e é Ele quem manda o que devemos anunciar. Fazer missão não é só anunciar, mas conviver com outras pessoas, aprender novos costumes, entrar na cultura do povo; é constituir uma família fora de casa.

Nesses onze dias que passei no Paraguai, com certeza, vivi uma profunda experiência de Cristo: as pessoas queriam me abraçar, falar, estar perto de mim. As famílias me convidavam para fazer  refeições ou dormir em suas casas, pois o fato de eu ter vindo de tão longe para anunciar a Boa Nova representava, para eles, a vinda do próprio Deus ao encontro do seu povo.

A comunidade que nos acolheu, mesmo humilde, sempre oferecia o melhor aos missionários. Pela manhã, saíamos para evangelizar nas casas. À tarde, foi o tempo de convivência com as famílias e partilha de vida: jogamos futebol e futevôlei com os jovens e as crianças, ajudamos a fazer redes, dialogamos com os vizinhos, tomamos o tereré, coisas que parecem tão simples, mas que possuem um significado profundo e trazem tanta felicidade para aquelas pessoas.

Era lindo ver como as famílias se relacionavam, cuidavam de seus animais e plantações, confiavam na proteção de Deus. As pessoas nos acolhiam, como parte de suas famílias, nos ensinavam suas línguas. Encantava-nos ver a humildade das pessoas, seu carinho e sua acolhida que transcendiam todas as barreiras e fronteiras.

Todas essas coisas nos revelavam o Deus que, em sua simplicidade e mistério, se fazia amor. Em cada detalhe e acontecimento sentíamos sua presença protetora e providente que não deixava faltar nada.

Essa experiência de missão além-fronteiras veio me motivar ainda mais na busca constante de Cristo, pois é preciso anunciá-lo sem medo.

Deus é amor; Ele nos dá coragem, nos motiva a correr riscos e, mesmo em meio aos desafios aos quais somos expostos, nos impulsiona a sairmos de nós mesmos para testemunhar e proclamar como o profeta Isaias: Eis-me aqui, envia-me.”

20 de fevereiro de 2014