Juventude Missionária - JM

Juventude Missionária - JM

A Igreja e a Juventude

"Vocês, jovens, não são apenas o futuro da Igreja e da hu­manidade, como espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vocês são o presente jovem da Igreja c da humanidade, são seu rosto jovem. A Igreja precisa de vocês como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo que se delineia na comunidade cristã. Sem o rosto jovem, a Igreja apresenta-se desfigu­rada" (Papa Bento XVI. Discurso aos Jovens. Estádio do Pacaembu, São Paulo: 10 de maio de 2007).

"É preciso estimular em todos os jovens o espírito missionário, para que saiam em Missão, para levar os outros jovens a um encontro pessoal com Jesus Cristo e o projeto de vida proposto por Ele. (...) Quando o jovem assimila o Evangelho como uma Boa-Notícia, ele quer partilhá-la com os outros. O discípulo torna-se missionário. O jovem como apóstolo de outros jovens tem um poder de comuni­cação e de convencimento peculiar. O segredo para atingir os jovens que ainda não foram evangelizados é mobilizar os jovens que já aderiram a Jesus Cristo" (CNBB, Doc. 85, nº 175 e 176.).

O que é a Juventude Missionária?

A Juventude Missionária (JM) é parte da Pontifícia Obra da Pro­pagação da Fé, Obra fundada por uma leiga, Paulina Maria Jaricot (1799-1822), em 03 de maio de 1822, em Lyon (França), tornando-se Obra Pontifícia, isto é, do Papa e da Igreja universal, em 1922, sendo hoje uma das quatro Pontifícias Obras Missionárias (POM).

A JM visa despertar, avivar, formar e manter o espírito missionário universal dos jovens, ajudando-os a realizar a Missão, em âmbito local e universal. No Brasil existem outros grupos de Juventude Missionária que não estão vinculados às POM, que são acompanhados por movi­mentos, congregações religiosas, etc, possuindo, portanto, outra orien­tação e metodologia.

A JM animada pela Propagação da Fé surge como fruto da Ponti­fícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM), fundada em 1843 pelo bispo Dom Carlos de Forbin-Janson (1785-1844), em Paris (França).

Com o passar do tempo, as crianças da IAM cresceram e torna-ram-se jovens desejosos de continuar vivendo a experiência de grupo e espiritualidade da Missão universal e sua metodologia. Surge então a Juventude Missionária, que em poucos anos se espalhou e continua a se espalhar por todas as regiões do país. Mas são também muitos os jovens que, mesmo não tendo feito a experiência da IAM, sentem-se atraídos pelo carisma da JM, que é a Missão universal, tornando-se, também eles, Jovens Missionários.

A metodologia

A idade proposta para os integrantes dos grupos de JM é de 15 a 25 anos.

O número de participantes ideal por grupo é 12, podendo chegar a 20.

A Metodologia proposta é a das quatro Áreas Integradas:

Ø    Realidade Missionária (ver).

Ø    Espiritualidade Missionária (iluminar).

Ø               Compromisso Missionário (agir).

Ø    Testemunho Missionário (celebrar e avaliar).

A JM promove a participação em ações missionárias (formação) aquém e além-fronteiras.

Os jovens que não possuem caminhada missionária e que queiram inserir-se no grupo da JM deverão passar por um processo de for­mação e integração que lhes esclareça o carisma do grupo do qual irão participar.

O grupo de JM deve se reunir semanalmente.

O grupo da JM deverá escolher entre seus membros um Coordena­dor, e deverá buscar o apoio de um Assessor.

O Assessor

Ø   Algo que diferencia a JM de muitos grupos juvenis é a presença con­tínua de uma pessoa adulta que dá suporte aos grupos. Todos os grupos da JM possuem um Coordenador, que é um jovem, e um Assessor, que é um adulto acima de 25 anos.

Ø   O Assessor deverá ser o elo entre o grupo e a comunidade eclesial.

Ø   O Assessor não é membro do grupo, mas orienta-o e garante o seu carisma.

Ø   Um Assessor pode dar acompanhamento a um ou a mais grupos.

Ø   Tenha uma experiência de vida missionária.

O Coordenador

Ø   O Coordenador é responsável pela animação e organização das ati-vidades do grupo.

Ø   O Coordenador faz parte do grupo, e deverá ser eleito anualmente pelos próprios colegas.

Rosário Missionário

O Rosário Missionário quer ser uma prática frequente de toda a JM, que busca alimentar sua espiritualidade missionária suplicando a intercessão de Maria, Mãe de todos os povos. Ela foi missionária, ao ir anunciar a Isabel a Boa-Nova, momentos depois de ter concebido em seu ventre o filho de Deus.

Nesta oração, o Jovem Missionário, ao contemplar os mistérios próprios da Vida de Jesus nos Mistérios Gozosos, Luminosos, Dolo­rosos e Gloriosos, acrescenta as intenções missionárias universais, ao percorrer as cores dos cinco Continentes.

Na meditação de cada Mistério, ele pede a intercessão de Nossa Senhora, e tem presente as realidades sofredoras de cada Continente. O Rosário torna-se assim uma forma de alimentar o olhar universal, na oração e solidariedade com os outros jovens e povos espalhados pelo mundo.

O perfil do Jovem Missionário

ü     Possui o sentido de pertença às Pontifícias Obras Missionárias (POM), conhece-as e está disposto a levar a outros a dimensão missionária que elas oferecem.

ü     Descobre sua vocação missionária e decide-se a viver plenamente a universalidade do mandato missionário de Jesus Cristo – “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura” (Mc 16,15) -, fazendo o possível para que chegue a todas as pessoas.

ü     Possui experiência pessoal viva e profunda de Cristo e se dispõe a torná-Lo conhecido àqueles que ainda não O conhecem.

ü     A exemplo de Maria, vive e anuncia a Boa Nova da salvação.

ü     É capaz de conhecer, aceitar e transformar sua realidade pessoal e social à luz do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja.

ü     Vive um processo de crescimento e formação missionária integral.

ü     Assume responsavelmente seu compromisso missionário de batizado.

ü     É testemunha autêntica de vida, a partir de uma espiritualidade sacramental centrada na Eucaristia, como fonte e ponto de chegada da Missão.

ü     Participa da Missão da Igreja, vivendo a riqueza da fraternidade, a exemplo do testemunho das primeiras comunidades cristãs.

ü     Ama sua cultura, respeita e valoriza a dos outros.

ü     Com sua alegria, simplicidade e responsabilidade é testemunha da esperança, capaz de assumir novos desafios, num mundo em constante mudança.

A identidade da Juventude Missionária

ü     A JM deverá engajar-se na caminhada eclesial (pastoral de conjunto).

ü     A JM não é um movimento nem uma pastoral; são grupos de jovens missionários vinculados à Pontifícia Obra da Propagação da Fé.

ü     A Obra da Propagação da Fé poderá viabilizar projetos para o envio de jovens à Missão além-fronteiras.

ü     A JM seja reconhecida e faça parte dos Conselhos Missionários Paroquiais, Diocesanos e Regionais (COMIPAs, COMIDIs, COMIREs), bem como do Setor Juventude da CNBB.

ü     Os frutos da Cooperação Missionária destinam-se à Animação Missionária além-fronteiras.

ü     Faz parte da espiritualidade da JM a oração, o sacrifício e a solidariedade concreta.

ü     O grupo da JM deverá buscar sua autossustentação financeira.

ü     São padroeiros das Missões: São Francisco Xavier e santa Terezinha do Menino Jesus.

Quem pode participar?

Qualquer jovem que seja disposto a conhecer e aceitar o perfil dos membros da Juventude Missionária.